Descrição:
Este minicurso buscará apresentar o dispositivo clínico do Acompanhamento Terapêutico (AT) e suas relações com a clínica psicanalítica na cidade. A partir da experiência em um projeto de extensão desenvolvido na UFSC, há 11 anos, compartilharemos a proposta do projeto e aprofundaremos seus preceitos teóricos e metodológicos. Além disso, articularemos as relações entre o AT, a clínica, a criação e a psicanálise.

Objetivos:

• Apresentar o dispositivo clínico do AT;
• Aprofundar a sustentação teórica e metodológica do AT, a partir do campo psicanalítico;
• Apresentar as articulações entre clínica e criação no AT, a partir dos fundamentos da psicanálise;
• Conferir visibilidade ao Projeto de extensão sobre AT desenvolvido na UFSC e às suas relações com a cidade e as políticas públicas.

Público alvo:

• Estudantes de Psicologia;
• Estudantes de outros cursos da área de saúde;
• Profissionais da saúde;
• Professores e investigadores do campo psicanalítico e da saúde pública.

Conteúdo programático:

• O Projeto Acompanhamento Terapêutico (AT): clínica e criação na cidade, na UFSC;
• O conceito de dispositivo e suas interfaces com o AT e a psicanálise;
• Histórico do AT e a fundamentação psicanalítica;
• Clínica e criação no AT, através dos preceitos psicanalíticos;
• Experiências clínicas do AT.

I Congresso da RediPPol: “As Américas e seus destinos: psicanálise e política”  realizado na USP, dia 8 ao dia 11 de Outubro de 2024.

Eixos dos grupos de trabalhos:

CLÍNICA E POLÍTICAS PÚBLICAS

• Relato de Experiência: “Dispositivo Clínico-Político para Sujeitos Hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva pela Covid-19”. Autores: Julia Lobo; Daniel Schmidt da Silva Goulart e Marcela de Andrade Gomes
• Uma clínica a céu aberto: “Implicações da psicanálise na construção de políticas de reconhecimento”. Autores: Maria Augusta Ardenghi Müller; Vitor de Sena Moraes e Monique Cristina Henares Batista.

EXPERIÊNCIAS E DISPOSITIVOS CLÍNICOS

• O Acompanhamento Terapêutico como Dispositivo Clínico-Político. Autoras: Agatha Wollinger Niehues Fernandes; Ana Paula Regalin Simionatto e Ana Lúcia Mandelli de Marsillac

VIOLÊNCIAS E GRUPALIDADES

• Heréticas do Delírio: Práticas Artísticas Antimanicoloniais e o Encontro Heterogêneo. Autoras: Andressa Colbalchini; Camila do Val Lauretto e Isadora Balbinot Bortolo
• Acompanhamento Terapêutico: um dispositivo clínico-político voltado ao sujeito e ao laço social. Autoras: Monique Cristina Henares Batista; Sofia Magalhães Dorn de Carvalho e Marília Pimentel Pincelli.

ENTRE EXPERIÊNCIAS CLÍNICAS

• Arte e Reparação do Traumático: Experiências e Memórias de Imigrantes Congoleses. Autor: Lucas de Oliveira Alves

NORMAS E DISCURSOS

• A Norma que nos Habita: Questões de Gênero e Capturas Identitárias no Campo Psicanalítico. Autores: Pedro Valentim Eccher e Mériti de Souza

RACIALIDADE E TRANSFORMAÇÃO

• Quando uma Psicanalista Chega/Acontece com a Escrita: Colonialismo na Clínica. Autoras: Fernanda Albrecht e Mériti de Souza
• O AT como prática contra-hegemônica: vivências periféricas. Autoras: Lara Bergamo Iamada, Maria Augusta Ardenghi Müller, Jeferson Rodrigues

DIREITOS HUMANOS E ESCUTA ANALÍTICA

• A Escuta do Sujeito Trabalhador Perante o Discurso Neoliberal. Autores: Giovanna Botini Zortea; Ana Paula Gomes Thomazatti e Otávio Augusto Moreira D’Elia.

MEMÓRIA, HISTÓRIA E VIOLÊNCIA

• Impactos Psíquicos Frente a Violência de Estado Durante a Pandemia de Covid-19. Autoras: Marina Travalha Rufino, Julia Lobo e Marcela de Andrade Gomes

IMIGRAÇÃO E CRISES HUMANITÁRIAS

• Por uma Escuta em Movimento: Uma Cartografia Psicossocial da Clínica com Pessoas Imigrantes. Autor: Gustavo da Silva Machado

PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO

• Clínica e Política: Transmissão da Psicanálise nas Universidades. Autoras: Ana Lúcia Mandelli de Marsillac e Rose Gurski.
• Dispor o Corpo para o Jogo: A Psicanálise entre o Brincar e o Político. Autores: Jennifer Elizabeth; Vieira Vitor de Sena Moraes e André Luiz Strappazzon.

CENÁRIOS INFANTOJUVENIS

• A Infância/Adolescência na Tela: O Sofrimento no Divã. Autora: Bruna Mello da Fonseca

Evento Paralelo no Instituto de Psicologia da USP:

Mesa do GT Psicanálise, Política e Cultura da ANPEPP: “Lugares da Arte na Práxis Psicanalítica”

Os objetos êxtimos na clínica e na pesquisa contemporânea – Autor: Gabriel Binkowski (USP)

Intervenções artísticas e formação: sonhar o planeta terra e escrever, desenhar a díade analítica – Autora: Jaquelina Imbrizi (UNIFESP)

Aproximações entre o ato analítico e o ato criativo: a arte de dizer – Autora: Ana Lúcia Mandelli de Marsillac (UFSC)

Moderação: Aline Martins (USP)

O departamento de Psicologia da UFSC convida os atores Odilon Wagner e Marcelo Airoldi, da obra “A última sessão de Freud”, de Mark St. Germain, para a apresentação e diálogo mediado pelas professoras Dra. Gerusa Morgana Bloss (PPGP-UFSC) e Dra. Letícia de Brito Cardoso (UDESC).

Convidamos a todos para esse momento de interlocução!

Resultado Bolsa AT

Calvin Menezes Krukoski – Aprovado com bolsa
Victoria Imhof Correa – Aprovada sem bolsa

Entrevistas no dia 03/09/2024, no LAPCIP (bloco F, 5o andar)

SELEÇÃO DE BOLSISTAS DE EXTENSÃO

A professora Ana Lúcia M. De Marsillac, no uso de suas atribuições, conforme disposto no EDITAL Nº 07/2023 PROEX PROBOLSAS 2024 torna pública a abertura das inscrições para selecionar alunos de graduação que irão desenvolver atividades de extensão no âmbito do Projeto Acompanhamento Terapêutico: clínica e criação na cidade. 

1. DO OBJETO DA SELEÇÃO

1.1. O presente processo seletivo tem como escopo formar lista classificatória para o preenchimento de vagas de bolsista de extensão, nos termos do EDITAL Nº 07/2023 PROEX PROBOLSAS 2024 

1.2. O projeto de extensão Acompanhamento Terapêutico: clínica e criação na cidade tem por objetivos:

Qualificar a formação de profissionais para o trabalho com a psicose na rede pública de saúde;

Qualificar a atenção aos usuários com sofrimento psíquico grave;

Ampliar e qualificar a oferta de serviços de atenção à saúde no município de Florianópolis;

Incluir a UFSC e o Serviço de Atendimento Psicológico – SAPSI na rede de serviços públicos de saúde do

município de Florianópolis;

Fortalecer a Reforma Psiquiátrica Brasileira;

Produzir conhecimentos teórico e prático em saúde mental coletiva, subsidiados pela teoria

psicanalítica.

1.3. O plano de trabalho do bolsista de extensão compreende:

*Participação semanais nas reuniões do Projeto (Supervisões coletivas em grupo dos casos e grupo de estudos sobre psicose). 

*Auxílio na organização de eventos atrelados ao Projeto. 

*Auxílio na organização dos registros do projeto. 

*Auxílio na produção de documentário. 

*Participação no grupo de pesquisa, no qual o projeto está vinculado: LAPCIP/UFSC. 

*Escrita em co-autoria com outros colegas do Projeto de um artigo, que descreva e analise a experiência no Projeto AT. 

Todas essas atividades serão supervisionadas pela coordenadora e pós-graduandos, em acompanhamentos semanais. Essas atividades terão início em Setembro de 2024 e finalizarão em Dezembro de 2024 e serão desenvolvidas semanalmente pelo bolsista. 

Para tanto é necessário ter disponibilidade nas quintas-feiras, de forma presencial, das 10h às 12h e nas terças das 13h às 15h.

A escrita do artigo tem como objeto a análise dos diários de campo, dos registros do projeto e do estudo e pesquisa de bibliografia de referência sobre o tema. A metodologia tem como sustentação os princípios clínicos e de pesquisa psicanalítica, envolvendo a ética do sujeito, voltada à singularidade das demandas daquele que é acolhido. Parte do trabalho em rede, dos princípios do SUS, da reforma psiquiátrica, que envolve o cuidado em liberdade, a integralidade da atenção, a equidade e a humanização. Além disso, sustenta-se na relação entre ato analítico e ato criativo, no trabalho sob supervisão, que busca analisar as contingências dos casos, através das histórias dos sujeitos, suas relações com as famílias, comunidade e os serviços. Busca estratégias constituídas a cada caso, com os usuários, com as supervisoras e equipes que também o acompanham. A escrita segue a proposta de análise de experiência clínica e de gestão de projetos. É de extrema relevância para a formação do aluno bolsista, possibilitando o desenvolvimento de: *experiência clínica com profundidade teórica e técnica, fundamentada na psicanálise, com supervisão constante e qualificada; *trabalho em rede, que aprende a desenvolver a partir do acompanhamento dos casos; *aprofundamento teórico e conceitual no campo da psicanálise, da saúde coletiva e da criação; *verificação da indissociabilidade entre ensino, pesquisa, extensão e gestão em saúde; *experiência na organização de eventos. Os relatos dos egressos que já foram estagiários, extensionistas e bolsistas do Projeto reforçam e indicam a relevância dessa experiência em sua formação.

2. DA CARGA HORÁRIA E REMUNERAÇÃO

2.1. O bolsista de extensão exercerá suas funções em 20 (vinte) horas semanais durante o período de vigência da bolsa.

2.2. A vigência da bolsa é de 01 de Setembro de 2024 a 31 de Dezembro de 2024;

2.3. O valor mensal total da bolsa é de R$ 700,00 (setecentos reais).

3. DOS PRÉ-REQUISITOS PARA O PROCESSO SELETIVO E CLASSIFICAÇÃO

O aluno candidato à bolsa de extensão deverá: 

3.1. Estar regularmente matriculado(a) em curso de graduação da UFSC;

3.2. Dispor de 20 horas semanais para dedicação ao projeto;

3.3. Não ter relação de parentesco direto com o(a) coordenador(a) do projeto, o que inclui cônjuge, companheiro(a), parente em linha reta, colateral ou por afinidade até 3º grau;

3.4. Não ter vínculo empregatício ou outras modalidades de bolsas acadêmicas ofertadas pela UFSC, excetuando-se a Bolsa Estudantil instituída pela Resolução nº 32/CUn/2013, a Bolsa Permanência do Ministério da Educação conforme a Portaria nº 389/2013 e bolsas concedidas pelo Programa de Assistência Estudantil para Estudantes

Indígenas e Quilombolas – PAIQ.Estar regularmente matriculado em curso de graduação da UFSC;

3.5. Não ter colação de grau prevista para o período de vigência da bolsa;

3.6. Possuir índice de aproveitamento acumulado (IAA) igual ou superior a 6,0, exceto para alunos de primeira fase.

4. DAS INSCRIÇÕES

4.1. As inscrições deverão ser realizadas no período de 26/8/2024 até 29/8/2024 por meio do e-mail ana.marsillac@ufsc.br, com o assunto: Bolsa AT,  anexando os seguintes documentos:

I – Ficha de inscrição preenchida, assinada e digitalizada (anexo A);

II – Histórico escolar atualizado;

III – Espelho de matrícula com os horários das disciplinas nas quais o candidato está matriculado; e

IV – Currículo extraído da Plataforma Lattes/CNPq (http://lattes.cnpq.br/);

V- Carta de interesse, indicando suas aproximações ao campo da psicanálise e do Acompanhamento Terapêutico e disponibilidade nos dias indicados.

4.2. A lista com as inscrições deferidas com data e horário da seleção (item 6.1 deste edital) será publicada no dia 30/08/2024, no site https://lapcip.paginas.ufsc.br e os candidatos serão informados via e-mail.

5. DAS ATRIBUIÇÕES

5.1. Compete ao bolsista executar o plano de trabalho do bolsista, item 1.3, sob a orientação do(a) coordenador(a).

5.2. Nos casos de substituição, cancelamento ou encerramento das atividades, o(a) bolsista deverá apresentar o relatório das atividades desenvolvidas, no prazo de 15 dias após o encerramento da bolsa. 

5.3. O(A) bolsista deverá fazer referência à sua condição de bolsista de extensão da UFSC nas publicações e trabalhos apresentados.

5.4. Compete a(o) coordenador(a) do projeto orientar o(a) e acompanhar o(a) bolsista de extensão nas distintas fases do trabalho até a elaboração do relatório final.

6. DA SELEÇÃO e DIVULGAÇÃO DO RESULTADO

6.1. A seleção será realizada na sala do LAPCIP, CFH, Bloco F, 5o andar, no dia 03 de Setembro, a partir das 13h.

6.2. A seleção dar-se-á mediante avaliação oral, que será realizada para aferir:

1. a) os conhecimentos gerais do candidato sobre a temática do projeto de extensão;
2. b) as potencialidades do candidato para o desenvolvimento das atividades de extensão; e
3. c) a história acadêmica do candidato, comprovada mediante currículo e sua disponibilidade de tempo para a dedicação às atividades de extensão.

• 1º Os candidatos terão sua entrevista avaliada com uma nota variável entre zero e dez.
• 2º As entrevistas deverão ocorrer em ordem alfabética da lista geral de inscrições deferidas.
• 3º A entrevista será pública, vedada a audiência dos demais candidatos participantes do processo seletivo.

6.3. O resultado da seleção será divulgado no site: https://lapcip.paginas.ufsc.br e será enviada aos e-mails dos(as) candidatos(as) inscritos(as).

7. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

7.1. A bolsa de extensão não gera vínculo empregatício com a Universidade, podendo o bolsista de extensão pedir desligamento do projeto a qualquer tempo, mediante justificativa.

7.2. Quaisquer pedidos de reconsideração podem ser feitos diretamente ao coordenador responsável pelo processo seletivo em até 24 horas do ato a ser impugnado.

7.3. Será dado prioridade a vaga para estudantes negros(as), quilombolas e indígenas.

EDITAL: Edital-para-Selecao-de-Bolsistas-2024_assinado

Bruno Latour, Onde aterrar? (2020, s/ paginação)

Eliane POTIGUARA, Metade cara, metade máscara ( 2004, p. 105)

As palavras de Bruno Latour sobre a necessidade de abandonarmos por completo o modo de relação com o mundo assente em lógicas de acumulação, de monocultura e de extrativismo, bem como as palavras de Eliane Potiguara sobre o conceito de território são os pontos de partida para o debate que queremos lançar, no campo da imagem e da visualidade, na terceira edição da Counter-Image, em Florianópolis, no Brasil.

Inspirado pela paragem globalizada da maioria dos humanos durante a pandemia de Covid 19, com as imediatas melhorias ambientais sentidas no sistema de vida da Terra – na qualidade das águas, do ar, na diminuição dos níveis de ruído, no aumento do número de seres de diversas espécies – Latour propõe um “regresso à Terra” que não repita os mesmos erros das sociedades ocidentais industrializadas, que é o lugar de onde falamos, e que é responsável pelo modo de vida que ameaça a Terra como suporte de vida. Precisamente, a partir de outro lugar, a partir do mundo indígena que ainda resiste, fala-nos também Eliane Potiguara para contestar, na citação em cima, a concepção ocidental de território que o reduz a mero espaço físico e suporte de recursos materiais. A escritora e investigadora do povo Potiguara, sublinha a dimensão cosmológica de território, lugar da biodiversidade e ancestralidade, numa concepção que não separa humanos dos outros existentes (incluindo aí montanhas e rios que nas epistemologias ocidentais estão fora do vivo).

Uma vez que manter-nos fechados em casa não é solução, urge pensar essas outras abordagens. A crise ecológica tornou-se a questão política premente da atualidade. Como é que as imagens e as representações afetaram/produziram as ideias de ambiente? Como pode a visualidade contribuir para forjar novas epistemologias e ideias sobre ecologia?

Veja aqui o texto completo da Chamada de Trabalhos.

https://counter-image.fcsh.unl.pt/PT/index.html#propostas

Inscrições homologadas e Horário das entrevistas individuais on-line:

Larissa Vieira – 21/12/23, às 10h30 – https://meet.google.com/emn-tgkk-wqb

Ana Paula Simionatto – 21/12/23, às 10h50 – https://meet.google.com/emn-tgkk-wqb

Agatha Niehues – 21/12/23, às 11h10 – https://meet.google.com/emn-tgkk-wqb

O LAPCIP e o NEMPSIC vêm  apresentar a programação do II Seminário Psicanálise, Política e Cultura!

As mesas serão integradas por graduandos, mestrandos e doutorandos que compõem o LAPCIP e o NEMPsiC.

Contamos ainda com as presenças ilustres do Profº Drº. Pedro Heliodoro Tavares, do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras da Universidade Federal de Santa Catarina, e da Profª Drª. Andréia Gruerra, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais.

Reforçamos que o evento é presencial, gratuito, aberto a comunidade e com emissão de certificado.

Segue a gravação do Seminário “Modos da Melancolia” – Sesssão XII”, promovido Centro de Humanidades (CHAM) da Universidade NOVA de Lisboa e pela Universidade dos Açores ocorrido no dia 13/07/2023

A fala “O Eu como ferida aberta: contribuições da psicanálise aos modos da melancolia”, proferida por Ana Lúcia Mandelli de Marsillac teve como eixo teórico o texto de Sigmund Freud: “Luto e Melancolia” (1917) e se articulou a reflexões da clínica psicanalítica, desenvolvidas em um projeto de extensão universitária sobre o dispositivo do Acompanhamento Terapêutico.

O texto freudiano nos permite refletir sobre o luto como mecanismo elementar da constituição do sujeito, dos processos de elaboração das perdas e de escolha de objeto. A melancolia, por sua vez, é pensada enquanto dimensão estrutural, que demarca modos de ser e estar no mundo, tendo o Eu como ferida aberta. Em muitos casos, que atendemos no referido projeto, encontramo-nos com a melancolia, com esse modo de sentir e responder à vida, de forma marcadamente dolorosa, depreciativa e muito desafiadora para a direção do tratamento. Articular as considerações teóricas à experiência clínica permite visualizarmos formas de intervenção sobre os modos da melancolia, através da escuta, do secretariar e do testemunho, em uma aposta no sujeito desejante.